Publicado em 21 de agosto de 2015
A nova era virtual já desperta preocupação quando se trata de privacidade. Os textos, imagens, áudios e vídeos que trocamos cotidianamente através de aplicativos e plataformas virtuais são restritos ou privados? Nossos dados pessoais, bancários e profissionais estão seguros? Imagine se as suas buscas no Google fossem expostas publicamente?
O assunto é cada vez mais discutido na sociedade, sendo tema de vários congressos e seminários.
Tradicionalmente, tem-se que é necessário o consentimento do usuário cibernético para a coleta de seus dados, mas nem sempre é assim. Várias modalidades de coleta de informação seguem outros caminhos. Ocorre que, além dos dados coletados através de cadastro, existem mais três tipos: dados observados (avalia a utilização da internet, como, por exemplo, onde se clicou e o que se buscou); dados inferidos (após a observação e coleta, é tirada uma conclusão: cria-se um dado); e dados preditivos (é feita uma análise sobre todos os outros tipos de dados: cria-se uma previsão).
É importante observar que as informações transmitidas estão sendo armazenadas sem que saibamos o uso que lhes será dado no futuro.
Segundo o IDC (International Data Corporation), 95% das informações do mundo foram criadas nos últimos quatro anos, cerca de 5,4 zettabytes (10²¹ Bytes) de dados. Estima-se que até 2021 serão 44 zettabytes, equivalente à 1.375 bilhões de pen drives de 32 gigabytes.
O poder que essas informações podem proporcionar é incalculável, tanto que a maioria dos portais não cobra por seus serviços ao internauta, se utilizando dos padrões de comportamento de seus usuários para faturar.
Enquanto a legislação e a sociedade como um todo não avançam na compreensão acerca do assunto, recomenda-se extrema cautela com a geração de conteúdos em ambientes virtuais ligados à rede mundial de computadores, a utilização de senhas seguras e o comedimento nas informações que serão transmitidas.