Publicado em 20 de outubro de 2020
De acordo com a CNT, 54,3% das transportadoras tiveram seu pedido de crédito negado nessa pandemia.
Um dos segmentos mais importantes para o Brasil é o de Transporte de cargas e passageiros. Prova disso, foi o caos que o país viveu em maio de 2018, onde o setor entrou em greve, paralisando todas as entregas e abastecimentos.
Agora, em 2020, vemos esse segmento ser impactado novamente devido à crise econômica, proveniente da pandemia do covid-19.
Relembrando os acontecimentos em 2018, a paralisação do transporte desencadeou inúmeros problemas para a sociedade como um todo.
Podemos citar a falta de combustível nos postos, a falta de abastecimento de mercadorias nos supermercados, aeroportos diminuindo a quantidade de voos devido à falta de combustível, descarte de leite pelos produtores por ser um alimento perecível, suspensão de aulas nas escolas e universidades, entre outros.
Somente depois dessa paralisação, a valorização desse setor finalmente começou a surgir. Por um tempo, o governo acatou os pedidos da categoria, empresas valorizaram esse tipo de serviço e, de maneira geral, ficou entendido a importância do transporte para o país.
Nesse cenário de crise que estamos vivendo em 2020, novamente vemos esse setor ser atingido. Só que dessa vez, é diferente. Não existe um apoio funcional para a categoria e não existe olhares voltados para os problemas do segmento.
De acordo com uma pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em junho de 2020, 60,7% das companhias afirmaram que houve redução no faturamento em comparação com o mês de maio e desse número, 33,8% disseram que essa queda foi de 80% ou mais.
Outro ponto agravante é que, a maioria das companhias afirmam que verão uma melhora em seu faturamento após 8-10 meses posterior a crise. Eles acreditam que antes desse tempo, as coisas continuarão do mesmo jeito, com as empresas lutando para não fechar suas portas.
Além disso, outro problema que ajuda a agravar a situação, é o problema com créditos. De acordo com a CNT, 54,3% das empresas de transporte tiveram seus financiamentos negados e 41,8% dizem estar com a capacidade de pagamento de obrigações diárias muito comprometida.
Mesmo com medidas anunciadas pelo governo para facilitar o acesso à créditos, muitas empresas receberam não como resposta, e algumas, nem respostas tiveram.
Essa dificuldade em receber algum dinheiro já foi reconhecida pelo próprio Ministério da Economia, mesmo tendo trabalhado em linhas de créditos para atender pequenas e médias empresas.
O principal problema, é que os bancos privados estão afunilando, cada vez mais, os perfis que poderão conseguir empresar recursos, devido ao aumento do risco das operações e inadimplência das empresas.
Quando dizemos que o segmento de transporte ainda não é valorizado, mesmo apresentando pontos acima no texto, podemos citar mais um para comprovar essa opinião: mais da metade das companhias de transporte (54,3%) disseram que tiveram seus pedidos de créditos negados desde o início da pandemia.
E esse cenário pode piorar. Grande parte das empresas não possui uma equipe de administração e gestão preparada para passar por momentos como esse com saídas assertivas.
Investir na contratação de profissionais qualificados para auxiliar nesse momento é garantir que futuramente, sua empresa possa ter bons momentos novamente.
Todos, sem exceção tem medo de quebrar seu negócio, risco de perder seu poder de compra, seu status, de perder o pouco que restou ou tudo o que tem e sair com dividas absurdas, medo de contaminar o financeiro da família, funcionários e sócios, de perder seu patrimônio construído por anos para pagar dívidas, e por aí vai.
Tudo isso, nós sabemos. É por isso, que gostamos de dizer que a assessoria jurídica entra como uma “luz no fim do túnel”.
Devido há anos de experiências, aprendemos que precisamos ajudar os empresários a abrir seus pensamentos para aceitar ajuda e a entender como essa assessoria funciona.
No serviço de recuperação financeira de empresa, temos um segmento especifico, aberturas para fazer o judicial e extrajudicial da empresa, atuamos para não haver o travamento bancário-financeiro, auxiliamos nas decisões dos pagamentos seletivos, etc.
O problema de não conseguir créditos com os bancos, ocorre geralmente quando a empresa deve ter restrição no nome, indisponibilidade nas linhas especiais da pandemia, comprometimento na capacidade de pagamentos de contas, etc. E, acredite, todos esses pontos são facilmente resolvidos, desde que haja a atuação correta.
Um último ponto a ser destacado, é que no desespero, muitas empresas recorrem aos créditos rotativos. É ignorado as altas taxas, as negociações ruins, as condições estabelecidas só em favorecimento da financiadora, e não da empresa.
É ignorado todos os sinais de que essa alternativa não é a saída. Mas, antes de chegar nesse ponto, é preciso procurar uma ajuda.
Portanto, sabemos que para o segmento de transportes ter alguma valorização, foi necessária uma greve onde abalou a estrutura de todo o país.
Mas, com a crise financeira atual, é preciso ser realista de que o cenário não mudou, o transporte continua recebendo menos atenção. Para isso mudar, é preciso que companhias se tornem independes, que consigam resolver seus problemas sem depender do governo ou de qualquer outra promessa não cumprida.
⚠️ E isso poderá acontecer se o empresário tiver a assessoria correta.