Publicado em 20 de março de 2017
O tema em voga é de muita preocupação em todo ramo empresarial, o tal momento da sucessão de uma empresa familiar.
Não raras as vezes o empresário começa lá atrás na sua jornada, com um pequeno negócio e, por talento, sorte, tino negocial ou mesmo uma excelente administração os negócios decolam e, 30 anos depois, existe uma massa patrimonial extensa bem como uma prole de filhos bem formada e lapidada vindo a galope.
Entretanto, a vida não é uma matemática exata, haverão filhos que sempre seguirão os pais e serão os sucessores diretos natos, haverão outros filhos que não tem vocação ou cresceram avessos aos altos e baixos da empresa e irão procurar seus próprios rumos em outras profissões.
Para o primeiro grupo ou para o segundo, a solução é a mesma.
A grande vantagem de se estabelecer uma S.A. é o fato que ela pode constituir uma diretoria administrativa independente, inclusive terceirizada, para administrar os negócios como um todo caso não haja herdeiros que darão sequência no negócio.
Entretanto, esse regime de S.A., possui a possibilidade de que dentro os herdeiros do negócio eles configurem qual sua melhor posição dentro da empresa.
Explicando:
Se a filha fez medicina, mas o filho quis integrar à empresa, ambos deverão ser legatários desse patrimônio familiar, entretanto, esse regime permite que só se envolvam na administração os que realmente possuem habilidades técnicas para levar o negócio, restando aos demais interessados, classes sociais que lhe garantam direito aos dividendos do negócio.
Essa separação direciona o risco do negócio e limita a participação segundo a vocação e, principalmente, a orientação do diretor geral [proprietário], que vai mesclar os interesses dos filhos junto ao negócio.
Sendo que, numa possível venda ou abertura de capitais para terceiros a gestão não sofre abalos, já que ela foi desenhada para andar independentemente sem a pessoalidade do proprietário maioritário [patriarca].
Assim, fica claro e evidente a vantagem de possuir uma S.A. para reduzir conflitos entre familiares antes e pós morte. Pense nisso.
