Publicado em 30 de março de 2022
Nadar, nadar e morrer na praia… essa é a sina de quem organiza sua vida patrimonial apenas acreditando que tudo vai dar certo, sem fazer nada para proteger aquilo que construiu.
O vento pode ser forte e como sabemos nenhum castelo de areia resiste por muito tempo. Mas, esse castelo pode ficar forte e protegido, se você tiver um PLANEJAMENTO PATRIMONIAL!
Por isso, é muito importante você se ligar nessa história que eu vou te contar hoje e entender de uma vez por todas que não basta acreditar, é preciso agir! E eu vou te ajudar a fazer isso. Vem comigo!
⚠️ Antes de começar a contar essa história, importante dizer que todos os nomes são genéricos e fictícios, mas os fatos são verdadeiros!
João começou a empreender cedo. Abriu uma empresa de eventos no estado de São Paulo e foi conquistando espaço na cidade sede e depois na região.
Pouco a pouco seu negócio foi crescendo, e ele passou a oferecer locação de utensílios e decorações para festas, depois equipamentos mais robustos como tendas e geradores de energia, e por fim passou a organizar alguns shows e eventos para o público em geral.
Com a solidez do negócio, João foi vendo “a cor do dinheiro” e então passou a adquirir imóveis, veículos, fazer investimentos e por aí vai.
No meio do caminho João se casou com Ana Paula. Como o amor era muito, se casou em comunhão universal de bens. Tiveram dois filhos!
Tudo parecia perfeito! Vida boa, família de comercial de margarina, apartamento na praia, carro do ano, viagens para Disney, enfim… “só alegria” proporcionada pelo entretenimento, pelo dinheiro da alegria das pessoas.
Afinal, qual seria o objetivo principal de uma empresa de eventos, senão o de proporcionar alegria ao público?
Pois bem, o problema é que João foi vivendo a vida, mas sem se preocupar com a organização do seu patrimônio. Imóveis no CPF, várias atividades todas concentradas na mesma empresa, por vezes pagando contas particulares na empresa e fazendo vontades da família que algumas vezes impactavam no negócio e por aí vai.
Só que em 2020 veio a pandemia e João que tinha uma infinidade de eventos e contratos, viu sua receita chegar a zero com vários pedidos de cancelamentos e vários pagamentos paralisados.
Por outro lado, a lista de débitos era grande! Folha de pagamento, governo, fornecedores, bancos, clientes querendo devolução… a vida perfeita virou um inferno!
João começou a ver seu patrimônio ir pelo ralo, porque começaram muitas cobranças, logo seguidas de execuções judiciais. Reclamações trabalhistas porque vários funcionários foram demitidos, mas não havia recursos para pagamento de todas as verbas.
Os bancos que antes o recebiam com cafezinho e tapete vermelho, passaram a ser inimigos. Fornecedores também foram pelo mesmo caminho, querendo receber. Por fim, o Fisco também veio para cima, execuções fiscais!
👉 70% das empresas familiares no Brasil vão a falência por falta de um bom planejamento patrimonial. Saiba um pouquinho mais sobre isso aqui!
Como o negócio era pujante, João acabou por deixar algumas coisas de lado e não estava acompanhando tão de perto a saúde da empresa. Com a pandemia tudo se juntou e foi ficando cada vez mais difícil.
Uma recuperação judicial não seria tão viável, porque João economizava com contadores e advogados, então não tinha documentos contábeis hábeis conforme determina a lei.
Com isso, as brigas familiares começaram também, porque a realidade começou a mudar. A esposa de João já não podia mais passar tardes no SPA. A mensalidade da escola passou a ser uma despesa muito alta. E para piorar, João tinha um casinho fora do casamento, que na escassez financeira também veio à tona.
A casa caiu literalmente! João era um rei e passou a ser plebeu!
Como as atividades da empresa eram muitas, mas todas no mesmo CNPJ, os bens e o faturamento da empresa respondiam de forma geral, de onde quer que viesse o problema.
Além disso, muitas das ações chegaram ao seu patrimônio particular, principalmente pela confusão patrimonial com a empresa, pois como dito João pagava muitas coisas diretamente conta da empresa, inclusive presentes para sua “namoradinha”.
Ele até tentou movimentar patrimônio, mas aí já era tarde e tudo foi desconstruído e considerado fraude a credores.
Mas ainda tinha mais por vir.
Com o surgimento “oficial” do caso fora do casamento, a esposa de João revelou que já sabia, mas ficou quieta e foi apenas fazendo depósitos de várias quantias em uma conta no exterior em nome de seus pais e foi embora levando consigo as crianças.
No fim das contas, João, um cara que sempre foi rodeado de pessoas, se viu sozinho e sem praticamente sem nada! Aquele grande homem que deixaria um verdadeiro legado para sua próxima geração, agora já considerava até tomar atitudes mais drásticas, como tirar a própria vida!
A princípio parece bastante dramático, mas é uma realidade que acontece muito! Impossível saber quando a sorte vai estar do nosso lado e quando tudo vai dar errado.
E como diz o ditado “desgraça pouca é bobagem”, o que está ruim sempre pode ficar pior né?! E já diz também a música da dupla sertaneja Matheus e Kauan “é problema puxando problema”.
Se você se identificou com alguma coisa nessa história, saiba que nem tudo está perdido!
💎 assim como te mostrei o problema, vou te mostrar também a solução!
E se você não tem problemas e está numa boa fase, continue lendo, porque a solução também serve para você, para um problema que talvez você ainda nem sabe que existe.
Você já deve ter ouvido falar em Planejamento Patrimonial e Holding.
Então, o Planejamento Patrimonial é um estudo e aplicação de estratégias jurídicas visando a preservação do patrimônio familiar e a Holding é o mecanismo que pode ser utilizado para isso, funcionando como uma empresa gestora.
Por isso, quando se envolve esse tema é muito comum se ouvir falar em blindagem patrimonial, porque proporciona uma proteção aos bens contra dívidas que não são do seu CPF semelhante ao que ocorre num carro blindado, que resiste a tiros em uma abordagem criminosa.
Começou a clarear as ideias? Continue a leitura que você irá entender ainda mais!
Ter uma holding, se bem planejada, é ter uma boa solução para proteção do seu patrimônio. Veja bem, você pode centralizar a gestão dos bens e das suas participações societárias, gerenciar os interesses da sua família frente aos negócios, organizar sua sucessão e evitar briga de herdeiros, e de quebra pode ter economia tributária!
Mas antes de te explicar melhor isso, vou responder algumas perguntas que certamente estão na sua cabeça!
Eu já te disse o que é e para que serve, mas para quem serve e quais os custos envolvidos em fazer esse tipo de planejamento?
Geralmente a proteção patrimonial vai se moldar àquelas pessoas que possuem um patrimônio um pouco mais volumoso, composto por imóveis, veículos, embarcações, empresas… não necessariamente apenas esses ou todos esses.
O projeto pode ser desde mais simples até mais complexo, a depender de uma série de fatores, como valor patrimonial, quantidade de herdeiros, regime de casamento, objetivos a serem alcançados, entre outros.
Ah, falando em regime de casamento, é muito importante definir isso bem antes de casar. Dê uma olhadinha nesse texto aqui:
E quanto custa? Vai depender do quão arrojado será seu projeto, vez que soluções mais avançadas necessitam por consequência de mais recursos.
Mas, uma coisa é fato: O custo do planejamento se torna satisfatório frente aos benefícios proporcionados e muitas das vezes “se paga” com a economia gerada.
Dito isso, vou te falar um pouco mais sobre as vantagens que mencionei antes. Vamos por partes!
Primeiro eu falei de:
1) Centralizar a gestão dos bens e das suas participações societárias
Imagine só que dificuldade ter sempre que pensar na gestão de seus imóveis, por exemplo, um a um, ainda que não sejam muitos.
Complicado, não é? Se eles estiverem todos na holding você tem uma preocupação a menos porque a gestão fica toda centralizada em um lugar só, incluindo também a parte financeira. E mais adiante ainda vou te mostrar que tem economia tributária!
E sua ou suas empresas?
Tem que se preocupar com o negócio, com o comercial, mas também com várias burocracias? A holding facilita bastante todo o processo de gestão de suas participações societárias, inclusive para se buscar a expansão dos seus negócios no mercado. Note que nessa formatação a titularidade deixa de ser do seu CPF e passa a ser da holding (CNPJ), o que proporciona a blindagem dos bens.
Depois eu disse…
2) Gerenciar os interesses da sua família frente aos negócios
Não é nada incomuns problemas familiares afetarem os negócios, até porque muitas das vezes membros da família estão envolvidos nas atividades da empresa ou então tem participação e sempre estão ali aguardando pela distribuição de lucros.
A gestão das empresas por uma holding possibilita gerenciar os interesses da família frente aos negócios.
Isso porque a centralização das decisões fica muito mais ágil e fácil e interesses familiares que impactam na empresa são tratados de forma profissionalizada por meio de governança corporativa e por uma espécie de conselho.
Sendo comumente conhecido como “Family Office”, que nada mais é que um órgão que irá intermediar os desejos da família e a saúde da empresa.
Olha só a preservação do patrimônio das suas gerações aí! Imagine se por uma circunstância de dívida e má gestão do patrimônio seus filhos ficam a ver navios.
👉 Quer saber mais sobre Family Office? Veja mais informações clicando aqui!
Em terceiro:
3) Organizar sua sucessão e evitar briga de herdeiros
Com certeza você já ouviu falar ou até mesmo já vivenciou em situação de falecimento de seus pais, brigas por herança. Geralmente quanto maior o patrimônio, maior o “quebra pau” entre os herdeiros.
Mas é possível você evitar isso e não permitir que seus filhos duelem num cabo de guerra por dinheiro. Por meio da holding você pode organizar toda sua sucessão e até mesmo antecipar a herança.
De forma que quando você morrer será necessário apenas um inventário de cotas da holding e não de todos os bens. E se você antecipar, nem isso será necessário. Mas não se preocupe, antecipar não significa que você ficará sem nada à mercê da família. Existem meios de garantir seus direitos enquanto vivo.
Nesse ponto, além de você preservar o patrimônio para seus filhos, esposa e demais herdeiros, você também irá em paz e trará paz a todos depois de morto, porque nenhum herdeiro irá brigar com o outro e ninguém ficará sem nada porque você perdeu tudo em dívidas enquanto vivo.
Morrer em paz ou assombrar os herdeiros? Veja como o Planejamento Patrimonial pode te ajudar com a sua herança!
Por fim, um presente muito TOP!
4) Economia Tributária
Essa merece ainda mais destaque não é!?
Afinal todo mundo quer um jeito de “fugir” do Leão, mas sem descumprir a lei. E aí veja só. Lembra quando falei da centralização da gestão dos imóveis? Então, receber os aluguéis pela holding é muito mais vantajoso que na pessoa física.
Acima do teto da tabela de imposto de renda, no seu CPF você tem que recolher 27,5% de imposto, ao passo que na holding isso cai para cerca de 12%.
Estamos falando de 15% de economia! QUINZE POR CENTO!
E tem mais! Lembra lá do inventário menos oneroso? Além de redução de custos do inventário em si, há a possibilidade de redução no imposto também, o chamado ITCMD, pago quando há transferência de patrimônio por morte, pode ficar menor.
A depender do estado o percentual pode chegar a 8% do valor dos bens. E não para por aí! O Planejamento Patrimonial pode ocasionar no desenvolvimento de um Planejamento Tributário e mais economias podem ser proporcionadas na organização dos seus negócios por meio da análise dos regimes tributários que melhores se encaixem em suas operações!
Além de seu patrimônio ficar organizado e protegido, com essas economias você pode ficar mais competitivo no mercado e isso pode proporcionar ainda o pagamento daquelas famigeradas dívidas!
Quer saber mais sobre ITCMD e Planejamento Tributário? Tenho dois textos para você!
Viu só como essa solução pode ser muito eficaz para resolver possíveis problemas patrimoniais? Mas é claro, isso se você contar com profissionais competentes para operar todo esse projeto e estruturação.
Seja esperto e proteja o que é seu! Pense na sua família, no seu patrimônio e nas consequências que uma vida sem planejamento patrimonial pode lhe trazer. Eu tenho certeza que você não quer o “João” da história contada aqui!
👉 construa um castelo forte, de pedra, afinal castelos de areia não suportam os sopros da vida!
Jean Carlos Borges
OAB/MG 147.402